Planeta Animal

domingo, 29 de junho de 2008


Cientistas acham colônia de macaco raro

Espécie tem menos de mil membros remanescentes, todos no Vietnã.
Numa pequena região, foram avistados pelo menos 116 espécimes.

Cientistas de diversos países anunciaram nesta terça-feira (3) a descoberta no centro do Vietnã de uma grande colônia de semnopitecos jaspeados, uma espécie de primata em perigo de extinção, informou em comunicado o Fundo Mundial para a Natureza (WWF, sigla em inglês). O grupo ambientalista afirmou que pelo menos 116 macacos da espécie Pygathrix nemaeus foram vistos nas florestas da província de Quang Nam. Mas o número pode ser maior.

O coordenador do WWF no Vietnã, Ben Rawson, destacou que é muito raro achar uma colônia dessas dimensões numa área tão pequena. A espécie, observou, enfrenta grave risco e sua população é composta por cerca de mil macacos.

Rawson acrescentou que a descoberta é uma oportunidade para salvar a espécie. Descoberta por cientistas nos anos 1990, ela só existe nas províncias vietnamitas de Quang Nam, Kon Tum, Binh Dinh e Gia Lai. Recentemente, foram criados programas de resgate em centros que acolhem os macacos e outros semelhantes.

FONTE: http://g1.globo.com

sexta-feira, 27 de junho de 2008



Mula


Em seu significado moderno comum, uma mula é o indivíduo fêmea resultante do cruzamento de um jumento, Equus asinus, com uma égua, Equus caballus. O macho resultante desse cruzamento é chamado mú ou muar. Entretanto, o cruzamento das mesmas espécies porém invertidos os sexos (portanto cavalo X jumenta), dá origem a um animal diferente, o bardotoA mula o muar e o bartoto são normalmente chamados de bestas. O termo besta (Latim bestia) refere-se a um "híbrido" estéril resultante do cruzamento entre duas diferentes espécies.Devido ao facto de o cavalo possuir 64 cromossomas, enquanto que o jumento possui 62, resultando em 63 cromossomas, as mulas e os muares são quase sempre estéreis. São raros os casos em que uma mula deu à luz; com efeito, desde 1527, data em que os casos começaram a ser arquivados, apenas 60 casos foram registrados.

terça-feira, 24 de junho de 2008


O papagaio

O papagaio é uma das muitas aves pertencentes à ordem dos Psitaciformes, família Psittacidae; vivem cerca de 100 anos. Os papagaios têm como característica um bico curvo e penas de várias cores, variando muito entre as diferentes espécies. Alguns papagaios são capazes de imitar sons e, inclusive, a fala humana. A família Psittacidae inclui também as araras, piriquitos e maracanãs, jandaias, piriquitões e apuins.

sábado, 21 de junho de 2008


Os gansos

Os gansos são aves da família Anatidae, que inclui também os cisnes. Há mais de 40 variedades de gansos. Os gansos selvagens habitam regiões de clima temperado, migrando para locais mais quentes durante o inverno.

Os gansos foram domesticados no Antigo Egipto, para produção de carne e penas para fabrico de flechas. Os gansos domésticos são mais activos durante a noite e, dado o seu sentido territorial, podem exercer funções de cão de guarda. O foie gras é fabricado a partir de fígado de ganso.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Porco

Porco (do latim porcu) é a denominação vulgar dada às diferentes espécies de mamíferos bunodontes, artiodáctilos, não ruminantes a que pertence o porco doméstico.

Têm 44 dentes, dentre os quais, caninos curvos e incisivos inferiores alongados, formando uma pá; patas curtas com quatro dedos revestidos por cascos, cabeça de perfil triangular e focinho cartilaginoso. Origina-se do javali, porém existente quase em toda parte como animal doméstico, e sua carne é bastante apreciada.

domingo, 15 de junho de 2008


Os peixe-bois

Os peixe-bois ou vacas-marinhas constituem uma designação comum aos mamíferos aquáticos, sirênios, assim como os dugongos, mas da família dos triquecídeos (Trichechidae). Possuem um grande corpo arredondado, com aspecto semelhante ao das morsas, chegando a pesar cerca de 750 kg quando adultos e medir 4,5 metros de comprimento. São animais ameaçados de extinção e se encontram protegidos por leis ambientais em diversas partes do mundo. São animais de hábitos solitários sendo raramente vistos em grupo fora da época de acasalamento. Durante os primeiros dois anos de vida vivem com suas mães e ainda se alimentam de leite. Depois do desmame vivem até os 50 anos e podem ser vistos se alimentando juntos no mesmo local. São animais muito mansos e, por este motivo, são facilmente caçados e se encontram em risco de extinção.

sexta-feira, 13 de junho de 2008



Gado bovino


O gado bovino é composto por bois - termo que, em sentido amplo, dá nome ao animal mamífero, ruminante, artiodáctilo, com par de chifres não ramificados, ocos e permanentes, do gênero Bos em que se incluem as espécies domesticadas pelo homem.

Terminologia

O boi, em sentido estrito, é o macho castrado, sem possibilidade reprodutiva da espécie Bos taurus (família Bovidae), sendo também usado na denominação vernacular do indivíduo pertencente ao gado bovino.

A vaca é a fêmea desta espécie e o touro é o macho com os testículos intactos, com aptidão reprodutiva. É um mamífero, artiodáctilo e ruminante. Seus chifres são em par, ocos, não ramificados e permanentes. Uma curiosa característica dessa espécie é a presença de tetas; de fato, os bois apresentam glândulas mamárias proeminentes, em nada distinguíveis das tetas da vaca.

Subespécies

Possui duas subespécies, a saber: Bos taurus taurus (gado taurino, de origem européia) e Bos taurus indicus (gado zebuíno, de origem asiática). Os cruzamentos entre os indivíduos de ambas as divisões é freqüente tanto em programas de melhoramento genético dos rebanhos, quanto em propriedades aonde a monta é natural e sem controle algum. Esses híbridos são muito usados para combinar a produtividade do gado taurino com a rusticidade e adaptabilidade a meios tropicais do gado zebu.


História

O gado doméstico descende do auroque na Europa e do guar na Ásia, começou a ser domesticado entre 5.000 e 6.000 anos atrás, servindo como animal de carga ou fornecendo carne, leite e couro. Era pouco comum criar gado para alimentação. O animal era comido apenas se morresse ou não fosse mais útil para carga ou para fornecer leite. Ao contrário da cabra, também servia como animal de carga, mas precisava de pastagens maiores. Hoje em dia, no entanto, os bovinos são largamente utilizados para a produção de proteína cárnea. A cadeia produtiva da carne engloba vários ramos de negócios, que vão desde a fabricação de ração e o ensino de profissionais qualificados (Médicos veterinários, zootecnistas, agrônomos) até empresas de consultoria em sistemas de comércio exterior.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

O pato


O pato (conhecido em Portugal como pato-mudo) é uma ave que pertence a família Anseridae na qual estão inseridas as sub-famílias Dendrocygninae, Anatinae, Merginae ou Oxyurinae originária da América do Sul. São aves geralmente menores que os anserídeos (gansos e cisnes) e podem ser encontrados tanto em água doce como salgada. Os patos alimentam-se de vegetação aquática, moluscos e pequenos invertebrados e algumas espécies são aves migradoras. Os machos se diferenciam das fêmeas principalmente pela diferença dos sons emitidos pelos animais (o macho emite um som que se assemelha a de um assopro, enquanto a fêmea emite um som semelhante a algo como [fi'fi]) e por possuirem carúnculas ("verrugas vermelhas") na cabeça e ao redor dos olhos. Os patos são utilizados pelo homem na alimentação, vestuário (as penas) e de entretenimento (caça). Algumas pessoas caçam essas espécies(selvagens), fazendo com que a cada dia, se tornem menos numerosas, correndo risco de extinção, exceto as especies criadas para corte (abate).

segunda-feira, 9 de junho de 2008


As minhocas

As minhocas são animais anelídeos da classe Oligochaeta, ordem Haplotaxida, distribuídas pelos solos úmidos de todo o mundo, algumas de apenas centímetros e outras com um a dois metros de comprimento, caso da minhocuçu. O seu corpo é formado por anéis (segmentos corporais). São ainda conhecidas pelos nomes populares de bichoca e isca (principalmente quando usadas na pesca).

Elas vivem enterradas (são animais subterrâneos), escavam galerias e canais, buscando abrigo e restos vegetais, seu principal alimento, ingerido com grandes quantidades de terra. Elas são, portanto, animais detritívoros, pois se alimentam de detritos de várias origens, que compõem o húmus.

As minhocas têm o corpo cilíndrico, alongado, com a boca e o ânus, em extremidades opostas; e um anel mais claro, o clitelo, mais próximo da região anterior.

Passando o dedo na sua região ventral, de trás para a frente, sentimos que a pele do animal é áspera, devido à presença de fileiras de microscópicas cerdas de quitina. As minhocas fixam as pontas das cerdas no solo, facilitando o seu deslocamento, quando contrai a forte musculatura da parede do corpo.

A epiderme das minhocas é coberta por uma fina cutícula de quitina e produz bastante muco, o que as torna viscosas, diminuindo o atrito com o solo e facilitando o deslocamento. O muco ainda protege a pele quando em contato com substâncias tóxicas ou nocivas e garante a umidade indispensável para as trocas dos gases respiratórios em toda a superfície do corpo. Esta é a chamada respiração cutânea.


Os Órgãos Internos
As minhocas têm um sistema digestivo completo, que inicia na boca e termina no ânus. Na sua porção anterior, há uma grande câmara, o papo, e, em seguida, uma moela, que tritura o alimento. Segue-se um longo intestino, até o ânus, no último segmento.

O sistema circulatório é fechado, com uma grande rede de vasos muito finos, os capilares, sob a pele, para a troca de gases com o ambiente. É o mesmo tipo de circulação dos vertebrados. O sangue das minhocas é vermelho, por causa da hemoglobina, o mesmo pigmento encontrado nos glóbulos vermelhos dos vertebrados.

Em cada segmento do corpo há uma câmara interna, cheia de um líquido aquoso. Daí são retiradas substâncias de excreção, através de órgãos especiais que se abrem na pele, por poros microscópicos.

O sistema nervoso é representado por gânglios na cabeça e ao longo da região ventral do corpo. Os gânglios são formados por grupos de células nervosas que funcionam como centros de coordenação das diversas funções no corpo do animal. A minhoca também apresenta mais de um coração, ela pode carregar até 3 pares de corações internos , cada um distribuido entre os anéis de seu corpo.


A Reprodução das Minhocas
As minhocas são hermafroditas, pois cada indivíduo tem testiculos e ovários. No entanto, o animal não se reproduz sozinho, dependendo sempre da união com outro para a troca de espermas, o que é chamado de fecundação cruzada. Na cópula, os dois animais se unem pelo clitelo, que produz bastante muco. Feita a troca de espermas, os dois vermes se separam. Em seguida, cada um dos vermes produz um casulo cheio de ovos, depositando-o no solo. Após alguns dias, pequenos vermes saem dos casulos.

sábado, 7 de junho de 2008


A barata

A barata americana (Periplaneta americana) é uma espécie de barata grande, dotada de asas e geralmente tendo o tamanho entre 2,5 cm a 4 cm. É bem comum no Brasil, nos estados do sul dos Estados Unidos, e em climas tropicais, e pode ser achado em muitos lugares do mundo, devido à suas viagens de comércio e freteamento entre lugares. Por conta disso é considerada uma espécie cosmopolita, sendo bastante comum também em todo o continente sul-americano. Foram relatados visões destes insetos no nordeste dos EUA, como em Nova Iorque, e no sul do Canadá, como em Montreal, onde é achado mais perto de habitações humanas por não tolerar o frio. A barata americana também pode ser achada em vários portos pelo mundo, e é considerada uma espécie sinantrópica, ou seja, que vive perto das habitações humanas, utilizando-se dos restos de alimentos para sua própria alimentação, e as contruções ou até mesmo entulhos como abrigo.

Acredita-se que o inseto se originou na África, mas já estava estabelecido no sul dos EUA na época que foi dado um nome para a espécie.

O inseto pode viajar rapidamente, freqüentemente se arremessando em algum buraco quando alguém entra em um cômodo, e cabe em buracos relativamente pequenos apesar de seu grande tamanho. É conhecida por ser muito ágil, e tem asas que a ajudam a ser uma boa voadora.

A barata-australiana prefere climas mais quentes e não é muito tolerante ao frio, porém, ela pode sobreviver em lugares fechados em climas mais frios. Ela se dá bem com condições úmidas mas também pode tolerar condições secas até o tempo que sua água acabe.

O inseto é geralmente considerado como peste, já que invade casas para viver e comer.

As Baratas-Americanas(vermelhas) produzem celulas que causam efeito regenerativo; Os telômeros ou telómeros (do grego telos, final, e meros, parte) são estruturas constituídas por fileiras repetitivas de proteínas e DNA não codificante que formam as extremidades dos cromossomas. Sua principal função é manter a estabilidade estrutural do cromossoma. Os telómeros estão presentes principalmente em células , visto que o DNA de algumas celulas formam cadeias circulares, logo não têm locais de terminação, embora existam exceções: existem bactérias procarióticas com DNA linear e que possuem telómeros. Cada vez que a célula se divide, os telómeros são ligeiramente encurtados. O encurtamento dos telómeros também pode eliminar certos genes que são indispensáveis à sobrevivência da célula ou silenciar genes próximos. Como o processo de renovação do nosso corpo não tolera a morte das células antes da divisão correcta das mesmas, o organismo tende a morrer num curto prazo de tempo no momento em que seus telómeros se esgotam.

As Baratas-Americanas tem a capacidade das células se renovarem. A regeneração tecidual depende do tipo de célula afetada pela injúria. Depende da capacidade de multiplicação da célula, considerando-se os tipos celulares vistos(lábeis, estáveis ou perenes). O epitélio se regenera rápido e facilmente quando destruído. Células hepáticas, o tecido ósseo, tem alto poder de regeneração. As células do músculo liso, são capazes de regenerar em resposta a fatores quimiotáticos e mitogênicos. Todas as variedades de tecido conjuntivo são capazes de se regenerar, mas em diferentes níveis de capacidade. O tecido nervoso periférico tem baixo poder de regeneração, mas pode se recompor diante de algumas agressões.

quinta-feira, 5 de junho de 2008


Calango

Calango é a designação comum a vários répteis lacertílios da família dos teídeos, principalmente os de pequeno porte, Cnemidophorus, e outros que vivem geralmente no solo, na terra ou em pedreiras, alimentando-se de pequenos artrópodes ou vermes. A principal espécie é o Tropidurus itambere, um pequeno lagarto brasileiro, comum no sertão nordestino, em Minas Gerais e na Amazônia.

terça-feira, 3 de junho de 2008

As vespas

As vespas são insetos pertencentes à ordem dos himenópteros, subordens Apocrita ou Symphyta. As larvas da ordo (ordem) Apocrita são usualmente carnívoras ou parasitóides, enquanto que as da Symphyta são herbívoras.

No Brasil também são chamadas "marimbondos" as vespas da familia (família) Vespidae, Pompilidae ou Sphecidae, ou em algumas regiões do sul, "zangões".


Características

As seguintes características estão presentes na maioria das vespas:

Dois pares de asas (excepção: fêmeas da familia Mutillidae, Bradynobaenidae, muitos machos da familia Agaonidae, muitas fêmeas da familia Ichneumonidae, Braconidae, Tiphiidae, Scelionidae, Rhopalosomatidae, Eupelmidae, e outras famílias)

Um ovipositor ou um ferrão (apenas presente nas fêmeas porque deriva do ovipositor)

Escasso ou nenhuma pilosidade (em contraste com as abelhas). Excepção: Mutillidae

A maior parte é de vida terrestre, havendo um conjunto de vespas parasitóides de vida aquática da superfamilia Chalcidoidea entre as quais pertencentes à familia Trichogrammatidae, Mymaridae e Eulophidae que parasitam coleópteros da familia Dytiscidae, Hygrobiidae entre outros.

Predadores ou parasitas, maioritariamente de outros insectos; algumas espécies de Pompilidae, especializaram-se em utilizar aranhas.

As vespas são extremamente importantes no controlo biológico uma vez que quase todos os insectos considerados como praga têm uma vespa como predador natural.


segunda-feira, 2 de junho de 2008

Formiga

Acredita-se que o surgimento das formigas na Terra deu-se durante o período Cretáceo (há mais de 100 milhões de anos) e pensa-se que elas evoluíram a partir de vespas que tinham aparecido durante o período Jurássico.

Por vezes, confundem-se as térmitas (cupins) com as formigas, mas pertencem a grupos distintos.

As formigas distinguem-se dos outros insetos – mas algumas destas características são comuns a alguns tipos de vespas - por apresentarem:

Organização social das formigas


Formiga vista ao microscópio eletrônico.Embora nem todas as espécies de formigas construam formigueiros, muitas fazem autênticas obras de engenharia, normalmente subterrâneas, com um complexo sistema de túneis e câmaras com funções especiais – para o armazenamento de alimentos, para a rainha, o “berçário”, onde são tratadas as larvas, etc.

As sociedades das formigas são organizadas por divisão de tarefas e a cada tipo de tarefa corresponde um tipo de indivíduos diferente, muitas vezes chamados castas.

A função da reprodução é realizada pela rainha e pelos machos. A rainha vive dentro do formigueiro, é maior que as restantes formigas, perde as asas depois de fecundada e durante toda a sua vida põe ovos. Os machos aparecem apenas quando é necessário fecundar uma nova rainha, o que acontece durante um vôo em que participam milhares de fêmeas e machos alados; depois da fecundação, os machos não são autorizados a entrar no formigueiro e geralmente morrem rapidamente.

As restantes funções – procura de alimentos, construção e manutenção do formigueiro e sua defesa – são realizadas por fêmeas estéreis, as obreiras. Em certas espécies, as obreiras que realizam as diferentes funções estão também divididas em castas. Normalmente, as que se ocupam da defesa – ou para o ataque, uma vez que algumas espécies são predadoras de animais que podem ser maiores que elas - têm as peças bucais extremamente grandes e fortes.


Existem também outras 2 funções: a de operário e a de soldado. As operárias tomam conta dos bebês-formigas, fazem a limpeza da casa e vão atrás de comida. Já as formigas soldados guardam a entrada do formigueiro sem descanso.


Desenvolvimento

As pequenas formigas desenvolvem-se por metamorfoses completas, passando por um estado larvar equivalente à lagarta dos outros insectos e pelo estado de pupa. A larva não tem pernas e é alimentada pelas obreiras por um processo chamado trofalaxia, no qual a obreira regurgita alimentos por ela ingeridos e digeridos. Os adultos também distribuem alimento entre si por este processo. As larvas e pupas precisam de temperatura constante para se desenvolverem e, por isso, são transferidas para câmaras diferentes, de acordo com o seu estágio de desenvolvimento.

A diferenciação em castas é determinada pelo tipo de alimento que recebem nos diferentes estados larvares e as mudanças morfológicas que caracterizam cada casta aparecem abruptamente.

Comunicação

As formigas se comunicam por uma química chamada feromonas, esses sinais de mensagens são mais desenvolvidos na espécie das formigas que em outros grupos de himenópteros. Como as formigas passam a vida em contato com o solo, elas deixam uma trilha de feromônio que pode ser seguida por outras formigas. Quando uma obreira encontra comida ela deixa um rastro no caminho de volta para a colônia, e esse é seguido por outras formigas que reforçam o rastro quando elas voltam à colônia. Quando a comida acaba, as trilhas não são remarcados pelas formigas que voltam e o cheiro se dissipa. Esse comportamento ajuda as formigas a se adaptarem à mudanças em seu meio. Quando um caminho estabelecido para uma fonte de comida é bloqueado por um novo obstáculo, as obreiras o deixam para explorar novas rotas. Se bem sucedida, a formiga retorna e marca um novo rastro para a rota mais curta. Trilhas bem sucedidas, são seguidas por mais formigas, e cada uma o reforça com mais feromônio (as formigas seguirão a rota mais fortemente marcada). A casa é sempre localizada por pontos de referência deixados na área e pela posição do sol; os olhos compostos das formigas têm células especializadas que detectam luz polarizada, usados para determinar direção. As formigas usam feromônio para outros propósitos também. Uma formiga esmagada emitirá um alarme de feromônio, o qual em alta concentração leva as formigas mais próximas a um furor de ataque; e em baixa concentração, as atrai. Para confundir inimigos, várias espécies de formigas também usam feromônios, que os fazem lutar entre eles mesmos

Como outros insetos, as formigas sentem o cheiro com longas e finas antenas. As antenas têm como cotovelos ligados ao primeiro segmento alongado; e visto que vêm em pares-como visão binocular ou equipamento de som estereofônico elas obtêm informações sobre direção e intensidade. Quando duas formigas se encontram, tocam as antenas e as feromonas que estiverem presentes fornecem informação sobre o estado de alimentação de cada uma, o que pode levar à trofalaxia, ou seja, uma delas regurgita a comida para a outra. A rainha produz uma feromona especial que indica às obreiras quando devem começar a criar novas rainhas.

As formigas atacam e defendem-se mordendo ou picando, por vezes injectando compostos químicos no animal atacado, em especial, o ácido fórmico.


Tipos de formigas

Há uma grande diversidade de formigas e dos seus comportamentos:

As formigas-correição, da América do Sul e de África, não constroem formigueiros permanentes e alternam entre uma vida nômade e a organização de abrigos temporários formados pelos corpos das obreiras. As sociedades reproduzem-se, quer por vôos nupciais, quer por divisão do grupo, em que um grupo de obreiras se separa e cava um ninho para criar novas rainhas. Os membros de cada grupo distinguem-se pelo olfacto e normalmente atacam outros intrusos.

Algumas formigas atacam outros formigueiros, roubam as pupas e criam-nas como obreiras – como escravos! Algumas espécies, como a formiga da Amazónia (por exemplo, Polyergus rufescens), tornaram-se totalmente dependentes destes escravos, ao ponto de, sem eles, serem incapazes de se alimentar.

Formigas Pote de MelAs “formigas-pote-de-mel” criam obreiras especiais, cuja única função é armazenar comida nos seus próprios corpos para o resto do grupo, ficando geralmente imóveis, com grandes abdómens cheios de comida. Em locais secos, mesmo desertos, em África, América do Norte e Austrália, estas formigas são consideradas um “petisco” delicioso.

As “formigas-tecelãs" (Oecophylla) constroem ninhos em árvores cosendo folhas, que juntam formando pontes de obreiras e depois cosendo-as com seda que obtêm de larvas criadas para esse efeito.

As “formigas-cortadoras” dos gêneros Atta e Acromyrmex pertencem à tribo Attini, e vivem exclusivamente nas Américas, do norte da Argentina até o sul dos Estados Unidos. Ao contrário do que se pensa, as formigas não se alimentam ingerindo as folhas que cortam (mas podem ingerir exsudatos açucarados destas folhas). Alimentam-se do fungo que elas cultivam dentro do formigueiro. Elas possuem várias castas, com funções específicas na manutenção da colônia (operárias, soldados, operárias do jardim) . Umas cortam e/ou carregam folhas, flores e ramos, outras cuidam da limpeza e da defesa da colônia, e outras ainda do cultivo do fungo e do cuidado com os filhotes, chamados larvas. As formigas da casta das "jardineiras", cortam as folhas e, ao fazê-lo, aproveitam para se alimentarem da seiva exudada. Estas folhas são carreadas para o interior do formigueiro, onde formigas de outra casta se encarregarão de triturá-las para o cultivo de um fungo de cor branca, base da sua alimentação. O fungo supre as necessidades alimentares de todas as formigas que vivem exclusivamente dentro do formigueiro, como as larvas, e da rainha. Esta, por sua vez, se encarrega de colocar os ovos durante toda a vida e, através de seus descendentes, perpetua a colônia. São conhecidas 14 espécies de formigas cortadeiras do gênero Atta e mais de 25 espécies do gênero Acromyrmex.


Relações das formigas com outros organismos


Formiga ordenhando afídeoAlgumas espécies de afídeos segregam um líquido doce que normalmente é desperdiçado, mas as formigas recolhem-no e, ao mesmo tempo, protegem os afídeos de predadores e chegam a transportá-los para locais com melhor comida.

Uma relação parecida existe com as lagartas mirmecófilas (“amigas das formigas”) que são criadas por algumas formigas. Estas levam-nas a “pastar” durante o dia e recolhem-nas ao formigueiro à noite. As lagartas têm uma glândula que segrega igualmente um líquido doce que as formigas “mungem”, massageando o local onde está a saída da glândula.

Ao contrário, existem lagartas mirmecófagas (que comem formigas): estas lagartas segregam uma feromona que faz as formigas pensarem que a lagarta é uma das suas larvas, levam-nas para o formigueiro, onde as lagartas se alimentam das larvas das formigas.


Humanos e formigas


Um tipo de formiga doméstica que costuma formar seu ninho em eletrodomésticos como vídeo cassete ou computador por causa da temperatura, podendo muitas vezes danificá-los. Elas costumam habitar partes ocas na parede da casa.As formigas são úteis porque podem ajudar a exterminar outros insectos daninhos e a aerificar o solo. Por outro lado, podem tornar-se uma praga quando invadem as casas, jardins e campos de cultivo. As “formigas-carpinteiras” destroem a madeira furando-a para fazer os seus ninhos.

Algumas espécies, chamadas “formigas-assassinas”, têm a tendência de atacar animais muito maiores que elas, quer para se alimentarem, quer para se defenderem. É raro atacarem o homem, mas podem dar picadas muito dolorosas e, se forem em grandes números, podem causar dano permanente ou matar por alergia grave.

As formigas encontram-se em muitas fábulas e histórias infantis da cultura ocidental, representando o trabalho e esforço cooperativo, assim como agressividade e espírito de vingança. Em partes de África, as formigas são consideradas mensageiras dos deuses. Algumas religiões dos índios norte-americanos, como os Hopi, consideram as formigas como os primeiros habitantes do mundo. Outras usam picadas de formigas em cerimónias de iniciação, como teste de resistência.

Tempo de Vida

Desde a etápa em que são ovos, até se tornarem adultas, as formigas demoram entre 6 a 10 semanas. Algumas trabalhadoras podem viver até 7 anos, enquanto que as raínhas conseguem viver mais de 15 anos.

Ligações externas

Em inglês

French Ants

Myrmecology Portal: Everything about ants

Ant pictures: facts and pictures about ants

The Ant Farm: A personal Web site on ants and with an Ant Farm theme

Ant colonies, and how they are governed

The Ants FAQ

antweb.org, a site devoted to cataloguing and photographing ants

Bees, Wasps and Ants Recording Society

Message board on ants

Antbase, Databases, links, pictures, etc.

A good overview of ants, with details about selected species

Ant control: how to get rid of them

www.myrmecos.net: An Extensive Ant Photo Gallery

The only professional science work to have won a Pulitzer Prize -- for general nonfiction in 1991 -- The Ants

Ted R. Schultz (2000) - In search of ant ancestors